Fazer uma viagem é muito mais que conhecer pontos turísticos, não é mesmo? Viajar também envolve conhecer um pouco da cultura e tradições do seu destino. E quer algo melhor do que fazer isso se alimentando? Experimentar a culinária local é também compreender um pouco da história e dos costumes da região. Minas Gerais possui diversos pratos típicos, alguns bem próprios, outros compartilhados com outras regiões.
Em Belo Horizonte, capital Mineira, há um excelente local para prová-los, o famoso Mercado Central. Ali você encontra diversas alternativas de bares e restaurantes, que disponibilizam uma variedade de pratos. Mas o que não faltam são bares e restaurantes espalhados por toda a cidade.
Afinal, quais os pratos típicos de MG? Vamos ver alguns.
Frango com quiabo
Um verdadeiro clássico mineiro! É preparado um ensopado de frango caipira com quiabo, bastante rejeitado por muitas pessoas. Faz bastante sucesso em restaurantes do Brasil todo. Muitas pessoas preparam com frango industrializado, mas boatos que isso tira a essência e sabor da receita original. O quiabo é de origem africana, por isso, imagina-se que tenha sido trazido ao Brasil pelos escravos e que a combinação com o frango aconteceu pois eram os ingredientes que se tinham disponíveis no século XIX.
Tutu
Prato muito consumido pelos mineiros, o tutu, mais conhecido como tutu de feijão ou tutu à mineira não é nada mais, nada menos que o feijão cozido, batido, temperado e misturado com farinha de mandioca ou de milho, de forma que fique com uma consistência pastosa. Normalmente é servido em panelas de ferro ou travessas, e coberto por bacon, torresmo ou ovos cozidos picados.
Bambá de couve
O Bambá de couve é um caldo à base de fubá e criado na cidade de Ouro Preto, na época da escravidão. Falam que os escravos tiravam proveito do mingau de fubá que sobrava da Casa Grande e incrementavam com as partes de carne que lhes eram concedidas, normalmente, orelha e pé, e com a couve, que era partida. Essa, inclusive, é uma maneira de reconhecer o legítimo bambá: a couve deve ser partida, e não picada. Atualmente é bastante comum usar linguiça como ingrediente. Ainda é bastante tradicional na sua cidade de origem.
Feijão tropeiro
Mais uma herança da época da escravidão, prato surgiu com os tropeiros, que faziam uma combinação de carne, farinha e ovos ao feijão, para degustarem em suas longas viagens. É bastante comum em Minas e facilmente achado em restaurantes. Inclusive, no estádio do Mineirão, onde é um dos principais pontos turísticos de Belo Horizonte, o tropeiro é tradição. Agora você já sabe onde comer bem em Belo Horizonte.
Ora-pro-nobis
É uma hortaliça bastante usada na culinária mineira. Nome que vem latim e significa “orai por nós”. Uma das refeições mais conhecidas é o frango com oro-pro-nobis, que é um cozido de frango caipirinha com verdura. É tão normal aqui em Minas que em Sabará existe, todo ano, o Festival de Oro-pro-nobis, onde pratos variados com esse alimento são apresentados.
Frango ao molho pardo
Muitas pessoas torcem o nariz para essa refeição, pois ele é preparado com sangue. Sim, trata-se de galinha em pedaços cozida no próprio sangue dela. No prato convencional, a galinha é abatida cortando seu pescoço e, então, o sangue é escorrido em um recipiente. Adiciona-se um pouco de vinagre para não ocorrer a coagulação e é com isso que se preparará o caldo do frango, o molho pardo. Para quem aprecia essas iguarias, existem restaurantes mega conhecidos por servir o prato por aqui, como o Maria das Tranças.
Leitão a pururuca
Pururuca é a pele do porco frita, parecido com um baconzitos, lembra? O leitão a pururuca, é basicamente o porco assado com pele. Depois de finalizado, aplica-se gelo na superfície do leitão e por fim joga-se óleo extremamente quente. Pode ser necessário fazer diversas vezes até que a pele forme bolhas de baconzitos. Há pessoas que utilizam um maçarico para essa parte.
Vaca atolada
Também muito comum, esse prato trata-se de carne bovina cozinha com mandioca. Originado também na época colonial e acredita-se que era feito cozinhando costela e gordura, parte não utilizadas do boi, com mandioca, refeição relativamente comum.